25/11/2024
BB segue com crescimento significativo e apresenta resultado de R$ 28,3 bi nos nove primeiros meses do ano
O Banco do Brasil obteve aumento de 8,4% no lucro líquido, de janeiro a setembro deste ano, em comparação ao mesmo período de 2023. Em valores, isso significa R$ 28,32 bilhões a mais nos recursos da empresa pública de capital misto. Somente no terceiro trimestre do ano, ou seja, de julho até setembro, o lucro líquido chegou a R$ 9,52 bilhões.
Em nota, o BB explica que o resultado se deu, principalmente, pelo desempenho positivo da margem financeira bruta, que no período cresceu 13,9%. O banco também destacou que houve aumento de 4,8% nas receitas com prestação de serviços, o que também contribuiu para o saldo favorável.
O retorno sobre patrimônio líquido (RPSL) do Banco do Brasil apresentou leve queda, de 0,2 pontos percentuais (p.p.), em doze meses, ainda assim alcançou 21,3%, o que é muito significativo. O RSPL, indicador financeiro também conhecido também como Retorno Sobre Patrimônio Líquido (ROE), serve para determinar o quão eficiente é uma empresa na geração de lucro a partir dos seus recursos.
Agências, trabalhadores e clientes
Dados divulgados no relatório e sintetizados pela equipe do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) sobre os recentes resultados do BB mostram que, ao final de setembro, o BB contava com 87.101 funcionários – aumento de 2.389 postos de trabalho em 12 meses, porém redução de 29 postos no trimestre. Já o número de clientes, considerando correntistas, poupadores e beneficiários do INSS, cresceu 2,5 milhões em um ano, alcançando 85,01 milhões.
No período de 12 meses, houve redução de uma agência tradicional, totalizando 3.171 agências em setembro de 2024. Por outro lado, aumentou em 14 o número de agências digitais e especializadas, totalizando 826 unidades.
As receitas com prestação de serviços e tarifas bancárias do BB tiveram aumento de 4,8% e alcançaram R$ 26,29 bilhões em setembro de 2024. No mesmo período, as despesas com pessoal, incluindo o pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), totalizaram R$ 23,94 bilhões, aumento de 4,0% em relação ao mesmo período do ano passado.
"Esse aumento nas despesas, sobretudo no PLR, é resultado do reajuste salarial da categoria que, por sua vez, é fruto da conquista que as empregadas e empregados do BB, obtiveram na campanha salarial deste ano", explica a coordenadora da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), Fernanda Lopes.
A campanha salarial da categoria conquistou reajuste de 4,64% sobre salários e demais verbas, incluindo a PLR, na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Esse percentual representou ganho real, ou seja, acima da inflação, de 0,9%.
"O desempenho dos bancos é reflexo da atuação dos trabalhadores e, portanto, as mesas de negociações são necessárias para garantir ajustes em favor da categoria. Para além disso, defendemos que, com esse resultado, o BB reforce o seu papel social", completou Fernanda Lopes, ao lembrar que, apesar de ser público, o Banco do Brasil está entre as empresas que mais pagam dividendos aos acionistas: em 2023, foram R$ 13 bilhões destinados para este fim, segundo balanço da própria empresa, o que colocou o banco entre as 11 empresas que mais distribuíram dividendos no ano passado.
A coordenadora da CEBB complementa que o debate em torno da pressão por metas para o alcance de resultados continua sendo a principal demanda dos funcionários e funcionárias do BB. "Não adianta que o lucro continue aumentando enquanto aumentam também casos de trabalhadores adoecidos, porque a busca por lucro nas agências vem acompanhada de competição acirrada, que impacta no ambiente de trabalho, tornando-o adoecedor. É preciso priorizar a qualidade de vida no trabalho, saúde e não o lucro a qualquer custo", pontua.
Carteira de crédito
Em 12 meses, a concessão de crédito do BB cresceu 13,0%, totalizando R$ 1,205 trilhão, em setembro de 2024. O Agronegócio, que representa um terço de toda a carteira da instituição, cresceu 12,8% no período, totalizando R$ 347,11 bilhões.
A carteira Pessoa física aumentou 7,5%, somando R$ 324,82 bilhões, com destaque para o crédito consignado (+11,2%), que possui o maior peso na sua composição. Mas expressivo mesmo foi o crescimento da carteira destinada ao exterior, de 34,8%. A carteira Pessoa Jurídica, por sua vez, cresceu 10,4%, alcançando R$ 327,36.
Inadimplência e despesas com PCLD
O BB afirma que o índice de inadimplência para atrasos superiores a 90 dias ficou em 3,33%, aumento de 0,52 p.p. em relação a setembro de 2023, mas ainda abaixo da inadimplência média do Sistema Financeiro Nacional (3,2%).
No entanto, as despesas com provisão para créditos de liquidação duvidosa (PCLD), também chamadas de provisões para devedores duvidosos (PDD), cresceram 43,5%, em doze meses, totalizando R$ 31,69 bilhões entre janeiro e setembro de 2024. Esse aumento significativo na provisão, segundo o banco, foi reflexo do agravamento do risco nos segmentos large corporate (grande empresa) e agronegócio.
No trimestre, o aumento da PDD também foi expressivo (+19,6%), o que, segundo a empresa, foi resultado de um caso de cliente em recuperação judicial.
Confira aqui os destaques completos do balanço, apontados pelo Dieese.
Em nota, o BB explica que o resultado se deu, principalmente, pelo desempenho positivo da margem financeira bruta, que no período cresceu 13,9%. O banco também destacou que houve aumento de 4,8% nas receitas com prestação de serviços, o que também contribuiu para o saldo favorável.
O retorno sobre patrimônio líquido (RPSL) do Banco do Brasil apresentou leve queda, de 0,2 pontos percentuais (p.p.), em doze meses, ainda assim alcançou 21,3%, o que é muito significativo. O RSPL, indicador financeiro também conhecido também como Retorno Sobre Patrimônio Líquido (ROE), serve para determinar o quão eficiente é uma empresa na geração de lucro a partir dos seus recursos.
Agências, trabalhadores e clientes
Dados divulgados no relatório e sintetizados pela equipe do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) sobre os recentes resultados do BB mostram que, ao final de setembro, o BB contava com 87.101 funcionários – aumento de 2.389 postos de trabalho em 12 meses, porém redução de 29 postos no trimestre. Já o número de clientes, considerando correntistas, poupadores e beneficiários do INSS, cresceu 2,5 milhões em um ano, alcançando 85,01 milhões.
No período de 12 meses, houve redução de uma agência tradicional, totalizando 3.171 agências em setembro de 2024. Por outro lado, aumentou em 14 o número de agências digitais e especializadas, totalizando 826 unidades.
As receitas com prestação de serviços e tarifas bancárias do BB tiveram aumento de 4,8% e alcançaram R$ 26,29 bilhões em setembro de 2024. No mesmo período, as despesas com pessoal, incluindo o pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), totalizaram R$ 23,94 bilhões, aumento de 4,0% em relação ao mesmo período do ano passado.
"Esse aumento nas despesas, sobretudo no PLR, é resultado do reajuste salarial da categoria que, por sua vez, é fruto da conquista que as empregadas e empregados do BB, obtiveram na campanha salarial deste ano", explica a coordenadora da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), Fernanda Lopes.
A campanha salarial da categoria conquistou reajuste de 4,64% sobre salários e demais verbas, incluindo a PLR, na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Esse percentual representou ganho real, ou seja, acima da inflação, de 0,9%.
"O desempenho dos bancos é reflexo da atuação dos trabalhadores e, portanto, as mesas de negociações são necessárias para garantir ajustes em favor da categoria. Para além disso, defendemos que, com esse resultado, o BB reforce o seu papel social", completou Fernanda Lopes, ao lembrar que, apesar de ser público, o Banco do Brasil está entre as empresas que mais pagam dividendos aos acionistas: em 2023, foram R$ 13 bilhões destinados para este fim, segundo balanço da própria empresa, o que colocou o banco entre as 11 empresas que mais distribuíram dividendos no ano passado.
A coordenadora da CEBB complementa que o debate em torno da pressão por metas para o alcance de resultados continua sendo a principal demanda dos funcionários e funcionárias do BB. "Não adianta que o lucro continue aumentando enquanto aumentam também casos de trabalhadores adoecidos, porque a busca por lucro nas agências vem acompanhada de competição acirrada, que impacta no ambiente de trabalho, tornando-o adoecedor. É preciso priorizar a qualidade de vida no trabalho, saúde e não o lucro a qualquer custo", pontua.
Carteira de crédito
Em 12 meses, a concessão de crédito do BB cresceu 13,0%, totalizando R$ 1,205 trilhão, em setembro de 2024. O Agronegócio, que representa um terço de toda a carteira da instituição, cresceu 12,8% no período, totalizando R$ 347,11 bilhões.
A carteira Pessoa física aumentou 7,5%, somando R$ 324,82 bilhões, com destaque para o crédito consignado (+11,2%), que possui o maior peso na sua composição. Mas expressivo mesmo foi o crescimento da carteira destinada ao exterior, de 34,8%. A carteira Pessoa Jurídica, por sua vez, cresceu 10,4%, alcançando R$ 327,36.
Inadimplência e despesas com PCLD
O BB afirma que o índice de inadimplência para atrasos superiores a 90 dias ficou em 3,33%, aumento de 0,52 p.p. em relação a setembro de 2023, mas ainda abaixo da inadimplência média do Sistema Financeiro Nacional (3,2%).
No entanto, as despesas com provisão para créditos de liquidação duvidosa (PCLD), também chamadas de provisões para devedores duvidosos (PDD), cresceram 43,5%, em doze meses, totalizando R$ 31,69 bilhões entre janeiro e setembro de 2024. Esse aumento significativo na provisão, segundo o banco, foi reflexo do agravamento do risco nos segmentos large corporate (grande empresa) e agronegócio.
No trimestre, o aumento da PDD também foi expressivo (+19,6%), o que, segundo a empresa, foi resultado de um caso de cliente em recuperação judicial.
Confira aqui os destaques completos do balanço, apontados pelo Dieese.
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